JESUS CRISTO O DEUS DOS POBRES – ELE NÃO PEDE OVELHA, BOI OU DIZIMO
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- NOVO TESTAMENTO, PROVOCAÇÕES

JESUS CRISTO O DEUS DOS POBRES – ELE NÃO PEDE OVELHA, BOI OU DIZIMO

Começo esse artigo com uma afirmação que parece óbvia, mas tem muita relevância, que é o fato de Jesus ser o Deus dos pobres, mas não só isso, Ele é o único Deus dos pobres. Se olharmos para todas as representações de deus em todas as religiões da história da humanidade, em nenhuma delas existe um deus dos pequenos. Sempre é um deus da elite, dos reis, dos ricos. Podemos pensar que este seja um dos motivos para o cristianismo ter se tornado a maior religião do mundo, o fato de a maior parte da humanidade viver na pobreza.

Todas as religiões da antiguidade foram criadas para os ricos, com cerimônias de oferenda em busca de retribuição. Tomemos como exemplo o judaísmo devido ao relativo conhecimento que temos dele descrito no velho testamento. Pois bem, no judaísmo antigo uma das praticas mais importante era o ritual de perdão dos pecados ou como eles chamavam, a purificação. É necessário saber que eles tinham uma visão um pouco diferente da nossa de pecado, falarei disso futuramente.  A forma dos judeus se purificarem era  basicamente oferecer um sacrifício animal a deus. O processo era esse: o pecador levava um animal ao templo e apresentava a deus, onde em um ritual o sacerdote sacrificava este animal em uma mesa, e o sangue que era derramado escorria pela mesa e com ele iam-se os seus pecados. Por fim o pecador ia embora liberto e purificado. “Quando pecar trará ao Senhor, um carneiro sem defeito do rebanho, conforme à tua estimação em siclos de prata, segundo o siclo do santuário … e ainda lhe acrescentará a quinta parte, e a dará ao sacerdote” Levítico 5:15,16. Para este ritual era usado um cordeiro (ovelha nova), aí a comparação a Jesus usada por algumas denominações cristãs falando da crucificação “fomos lavados pelo sangue do Cordeiro”. Vale ressaltar que para o sacrifício era exigido pelas leis judaicas que o novilho fosse puro, sem mancha, sem defeito e saudável.  Para os menos favorecidos o sacrifício podia ser de aves ou cabras e para alguns era pedido até uma vaca. Rituais de oferenda eram comuns em praticamente todas as religiões da antiguidade, como mesopotâmicas, egípcia, grega, romana, européias pré-romanas e americanas pré-colombianas. Em algumas até com sacrifício de pessoas como entre os Astecas por exemplo.

 

 

Ritual judaico de sacrifício de animais. Hoje são usadas galinhas com aspersão de sangue.

 

Representação de um sacrifício humano do povo Asteca
Família pobre do sertão nordestino. O que eles poderiam ofertar a deus?

Quando vou exemplificar meu pensamento gosto de usar a realidade que vivemos. Assim, não vou falar como acontecia na antiguidade, vamos trazer para os dias de hoje. Você que lê este artigo agora, confortavelmente sentado na frente do seu computador ou no aconchego do seu sofá com seu smartphone, pode estar pensando que apesar de parecer estranho o sacrifício de animais, se praticasse essa religião teria condições de fazer este ritual. Mas pensemos no Cícero, que vive no agreste pernambucano, passa fome, sede e come somente farinha o ano todo. Ele teria condições financeiras para praticar essa religião? Teria como sacrificar um cordeiro a deus? Claro que não, essa religião não foi feita pra ele. Desta forma podemos imaginar que ele, sem condições, abandonaria essa religião e seguiria, se sentindo derrotado, humilhado e abandonado por deus devido a sua situação de miséria. Ele não serve para deus (o deus do sacerdote).

Mas para o Cícero de dois mil anos atrás surgiu uma esperança: veio Jesus, na contramão dessa corrente teológica, lutando contra a opressão e segregação social, falando de amor, perdão, igualdade, compreensão, aceitação. Caminhando com pobres, ladrões, prostitutas, leprosos, deficientes e outros excluídos. Pessoas que não tinham a mínima condição de estar com o deus a qual os sacerdotes apresentavam. Cícero viu Deus indo ao seu encontro sem pedir nada em troca, ovelha, boi ou dizimo. Esse Deus que ele encontrou só pediu para amar o próximo e fazer o bem.

Por esse olhar entendemos que para praticar o Cristianismo em sua essência é necessário apenas amar aos seus irmãos, o exercício do perdão e se julgar importante pra você, a oração. Práticas estas que não envolvem condição social, bens materiais, oferendas, sacrifícios ou cultos ritualísticos, pois até o mais pobre dos pobres pode ser um cristão verdadeiro “E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão doava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos doavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, doou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que esta pobre viúva doou mais do que todos os que doaram na arca do tesouro; Porque todos ali doaram do que lhes sobrava, mas esta, da sua pobreza, doou tudo o que tinha, todo o seu sustento.” Marcos 12:41-44 Lucas 21:1-4.

Representação do momento em que Jesus mostra o verdadeiro sentido de compartilhar

 

A Vós, desejo a Paz, a Graça e o Amor de Nosso Senhor Jesus em todos os seus dias!

JESUS CRISTO O DEUS DOS POBRES – ELE NÃO PEDE OVELHA, BOI OU DIZIMO
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1 comentário em “JESUS CRISTO O DEUS DOS POBRES – ELE NÃO PEDE OVELHA, BOI OU DIZIMO

  1. É uma forma de ver como acontece, concordo plenamente, as igrejas hoje sao um comercio. tem um pastor na OLX anunciando uma igreja pra vender por 80.000 reais com 3mil fieis

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