A PROVA DA EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO. O QUE HÁ POR TRÁS DESSA PERGUNTA?
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- NOVO TESTAMENTO, PROVOCAÇÕES

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO. O QUE HÁ POR TRÁS DESSA PERGUNTA?

Jesus existiu mesmo? A prova da existência de Jesus Cristo é uma temática que apareceu com força nas últimas décadas na área da ciência e arqueologia, e também por que não da teologia. Mas qual o verdadeiro motivo oculto nessa busca? Estudiosos, arqueólogos e até mesmo ateus, tem buscado a prova da existência física de Cristo. Não acho isso afronta, desrespeito ou abominação ao Cristianismo, mas temos que observar o real motivo para essa “curiosidade histórica”. Precisamos saber que o objetivo  não é provar que Jesus existiu e sim provar que Ele não era Deus. Provar que Ele era um homem comum e morreu como todos nos morreremos um dia e não ressuscitou. O objetivo por trás das pesquisas não é encontrar Jesus, é encontrar seu corpo físico. Mas por que dispensar tantos recursos na busca do homem Jesus, por que essa busca do Jesus carnal? Alguns vão dizer que é a busca da verdade, busca religiosa, necessidade cientifica, histórica, saciar a curiosidade humana, dever ocupacional e outras justificativas, mas essa busca nada mais é do que uma questão social.

Vamos pensar um pouco no grupo de pessoas que buscam essa prova, quem são, quais seus interesses, quais seus objetivos. O Cristão que vai a igreja aos domingos e na segunda vai para a construção empilhar tijolos não procura a prova física de Jesus, isso não importa pra ele. O que ele espera é a redenção no final, e tem a confiança que seus dias aqui na terra se tornem melhores do que são. O centro do pensamento deste homem é a fé em Jesus, e fé é sinônimo de esperança. Precisamos entender que a esperança tem duas faces muito distintas, a esperança e boa para o dominado e é ruim para o dominante, ou para ser mais claro é boa para o pobre e é perigosa para o rico. Todas as revoluções, revoltas e lutas na história da humanidade começaram com a esperança, e o rico inteligente, culto e bem informado sabe disso. O que motiva a revolta em uma pessoa? O errado, a injustiça, a opressão. Um exemplo fantástico do que a esperança pode fazer para o povo é o caso da Revolução Francesa que se deu em 1789. Conta a história que Robespierre, líder desta revolução, um certo dia andava pelas ruas de Paris, quando veio o rei com sua carruagem suntuosa, e ele como plebeu era obrigado a se curvar. Então se curvou Robespierre e ainda curvado pensou “por que me curvar a este homem que só me maltrata, me rouba e me faz sofrer”. Neste momento nasceu nele o sentimento de revolta e com ele a chama da liberdade, e a chama foi crescendo e veio depois a esperança em seu coração. Então ele começou a compartilhar essa esperança com outros, o movimento foi aumentando, se tornando cada vez mais forte e como sabemos terminou com o rei decapitado em praça pública.

Robespierre lider da Revolução Francesa

Seguindo essa linha de pensamento veremos que quem quer provar a existência de Jesus, não o quer por desejo íntimo, mesmo que sendo manipulado, certamente o quer por interesse puramente social. A fé, ou esperança em Jesus é que dá força aos Cristãos para lutar e perseverar em um objetivo superior. O Cristão tende a acreditar que vai conseguir pois o Senhor está com ele, e para o dono do chicote não é interessante que seu servo tenha forças para abrir a porta.

Pensemos no Brasil de maioria Cristã, maioria também de pobres oprimidos, se fosse provado que Jesus não ressuscitou, que está enterrado na Palestina, o que aconteceria com a fé Cristã, o que seria dos Cristãos? Fiéis desconvertidos, a desesperança e medo tomaria conta destas pessoas, principalmente dos mais humildes e sem conhecimento. Sem Cristo estariam todos ainda mais fragilizados e sub-julgados. Cito o jornalista ateu Fred Melo Paiva, que disse “eles criaram um deus imaginário, pra suportar a própria existência” (suportar a existência em uma referência a sofrimento de uma vida miserável). O que seria dessas pessoas sem Jesus, o que seria delas que já são exploradas, roubadas, violentadas socialmente, sem a esperança? Estariam todas ainda mais sub-julgadas a uma elite opressora e cruel.

Um outro exemplo da parcialidade com que esta questão é tratada pelos estudiosos é a de Sócrates, filosofo Greco do século quinto antes de Cristo. As semelhanças com Jesus são muitas, ele também foi condenado a morte (foi forçado a suicidar-se por envenenamento, uma prática comum na Grécia antiga). Sócrates acreditava no ensinamento falado e não escrito e por conseqüência, como Jesus, não escreveu nada. O que temos de Sócrates são histórias contadas por Platão e atribuídas a ele, e em Jesus temos Paulo e os outros apóstolos que fazem a mesma coisa. Porém a diferença entre eles é que por um bom tempo se questionou a existência de Sócrates ou se era apenas uma personagem criada por Platão, mas um belo dia se decidiu sem nenhuma prova concreta que Sócrates existiu realmente, e o assunto foi dado por encerrado, todavia com  Jesus esse questionamento ainda persiste. Penso porque em Sócrates os grandes pensadores do nosso tempo tomaram uma decisão e em Jesus não? Será pela importância maior para a historia de Jesus, e não estou aqui desrespeitando o filósofo, pelas dificuldades ou vestígios encontrados no pensador grego,  ou pelo fato de Jesus, diferentemente de Sócrates, ser um pensador do pobre, do servo, ou como ele mesmo disse do faminto? Penso que a verdade está na caneta de quem escreve.

Busto de Sócrates, filosofo grego que viveu 400 anos antes de Cristo

Como Cristãos devemos respeitar estas pessoas e aceitar suas escolhas, não podemos nos esquecer do que disse o Senhor Jesus “E, ao que quiser disputar contigo, e lhe tirar a túnica, dê-lhe também a capa.” Mateus 5:40 Lucas 6:29”. Mas temos que ter ciência e clareza ao verdadeiro motivo que nutre essa busca.

A Vós, desejo a Paz, a Graça e o Amor de Nosso Senhor Jesus em todos os seus dias!

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